sábado, 27 de fevereiro de 2010

Da fórmula universal da felicidade

Desde pequenina que me corre no sangue um espírito contestatário. Informações e factos dados de bandeja nunca satisfizeram a minha curiosidade inata de perceber o sentido das coisas. Lembro-me, por exemplo, de vir da catequese para casa com a obrigação de decorar uma Avé Maria ou um Pai Nosso para a sessão seguinte e de perguntar à minha mãe cada palavra ou frase que não entendesse. No fim da detalhada explicação, geralmente dizia-lhe que aquilo não tinha grande lógica. Já sem paciência, a minha mãe lá me dizia que com lógica ou sem ela eu ia ter de decorar aquilo.

Obviamente, poucos anos mais tarde e muita argumentação despendida, lá acabei por convencer os meus progenitores que andar na catequese não era para crianças como eu.

Ao longo da minha vida fui desenvolvendo esta característica da contestação de verdades supostamente universais. Aquelas que nos dão e que devemos aceitar sem perguntar como ou porquê. Característica que eu não escolhi, sublinhe-se, e às vezes me irrita profundamente. Porque nunca acredito naquilo que não percebo, naquilo que não vejo, ou naquilo que não faz sentido no meu cérebro. Mas admito que em determinadas situações da vida, dava-me jeito ter um bocadinho de fé.

Chegada aos trinta (so far, the best days of my life), ainda me surpreendo por constatar que grande parte das pessoas desta sociedade (muitas delas da minha geração!) aceitam inquestionavelmente a fórmula universal da felicidade.Que é como quem diz, encontrar o príncipe encantado, casar com ele, ter um rebanho de filhos e viver feliz para sempre até que a morte os separe.

Como tal, geralmente franzem o sobrolho ao modo de vida que eu escolhi. O facto de eu ter uma relação com uma pessoa há quase dez anos e não ter dado o passo óbvio (mas afinal o casamento é para quando?). O facto de, para além de não ter dado o passo óbvio, também ainda não me ter decidido a ter filhos (com 31 anos? Jesus, credo! Estás à espera de quê? Dos quarenta?). O facto de viajar imenso, de ir ao cinema constantemente, passar o tempo livre dos fins de semana com amigos, dormir como uma ursa sempre que posso e tenho oportunidade, passar dias inteiros na praia, ler como se não houvesse amanhã, começar a trabalhar às 10:00 e sair às 20:00 horas.

Dizem que tenho uma vida despreocupada porque não tenho responsabilidades. E por responsabilidades, entenda-se: não sou casada e mãe de filhos (esta brilhante conclusão tira-me do sério, juro!!!)

Quem me conhece bem já desistiu de perguntar quando me vou casar. Provavelmente já percebeu que não vou, logo a pergunta é inútil. Quem me conhece bem também sabe que eu sou uma pessoa que não acredita em fórmulas universais e, portanto, não me rejo por elas. Quem me conhece bem sabe que eu vivo na minha especificidade e pouco me importo com fórmulas sociais. Que me conhece bem sabe que eu sou feliz e não me pede para ser diferente pois tive a sorte de descobrir, precocemente, que ser feliz depende quase exclusivamente de mim.

Há quem a encontre dedicando a sua vida ao trabalho. Há quem seja feliz a viajar, sem estabelecer qualquer tipo de estabilidade: espacial, financeira ou relacional. Essas pessoas, encontram a felicidade no inconstante da vida, na capacidade que ela tem de os surpreender diariamente. Vivem cada dia com intensidade, como se não houvesse amanhã. Pelo contrário, há quem seja feliz na estabilidade suprema. Sem sair do lugar em que nasceu, sem conhecer um mundo inteiro que existe à sua volta e as pessoas que fazem parte dele. E também há quem encontre a felicidade no companheiro que escolheu para a vida toda, casando, tendo filhos e vivendo em função da vida familiar.

Não critico nenhuma destas opções ou outras quaisquer. Nãs as considero maiores ou menores. São opções de vida diferentes da minha.

Por isso, era bom que deixassem de me chatear com este assunto. Mas...ainda que não deixem, eu vou continuar a ser feliz na mesma!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Tu andas sempre descalço...



Desde que descobri isto no youtube, há uma hora atrás, parece que o fim de semana ganhou um novo sentido. Reconhecem a voz do Tom? e do Huck? Não caibo em mim de contentamento! Parece que regressei no tempo e até o meu sorriso parvo de há 25 anos atrás (mais coisa, menos coisa...) voltou a estampar-se-me na cara.

Vou ali ver um episódio e já volto!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Invictus

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate,
I am the captain of my soul

William Ernest Henley
 

Por duas horas, Clint Eastwood fez-me acreditar que somos maiores que as circunstâncias. Maiores que nós próprios. É assim que os sonhos se tornam realidade.



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


Note to self: I'll try to remember...

Ainda pensei escrever uma tese científica sobre o tema...


...mas depois, decidi-me a ficar pelo post. A verdade é que o assunto que hoje vos trago reporta-se a um fenómeno que tenho vindo a observar com alguma atenção desde a minha adolescência e que, vá-se lá saber porquê, prendeu a minha atenção anos suficientes ao ponto de, neste momento, estar em condições para tirar algumas conclusões mais ou menos absolutas sobre o mesmo.

Pois que o tema é o tamanho do peito das mulheres e a relação que nós, gajas, estabelecemos com ele.

Sim, vou falar de mamas, é isso mesmo.

E o fenómeno que tenho vindo a analisar é o facto de ter chegado à seguinte conclusão:  mulheres com mamas grandes acham que tem as melhores mamas do mundo - e quando me refiro a um tamanho grande estou a falar de um número acima do 38 . Acham que não há homem que resista às suas belas mamocas, que é de longe a sua melhor qualidade física, que uns grandes olhos verdes ou umas pernas longas, à beira daquele atributo, não tem qualquer hipótese, que não há homem que não se vire à sua passagem, blá, blá,blá.

E vai de exporem o seu belo dote da melhor forma que podem. Com decotes até ao umbigo, com bikinis minúsculos onde a única coisa que está realmente tapada é o mamilo, com soutiens sem qualquer tipo de suporte que faz as ditas abanarem como gelatina... Enfim, poderia estar aqui com exemplos até ao dia de amanhã mas o que é certo é que daqui a nada tenho de ir dormir que amanhã é dia de trabalho.

E o propósito deste post é desenganar estas pobres almas. Fazer-lhes chegar uma realidade que ninguém lhes ousou mostrar e que eu - pessoa generosa que sou - não quis esconder mais. Desenganem-se miúdas: mamas grandes estão completamente fora de moda, a generalidade das mulheres não vos inveja a sorte e homens de bom gosto comprovado também não são apreciadores do género.

Se homens pendurados em andaimes, de t-shirt branca justa e decotada fazem as vossas alegrias, então sim, estão no bom caminho. Praticantes de tunning também. Se, pelo contrário, não é esta a vossa onda, então ponderem o orgulho exacerbado que mantém na exibição do vosso belo par. Garanto-vos que notarão benefícios na vossa vida pessoal e social. Palavra de escuteira.


Nota: Obviamente que este post pretende ser a caricatura de uma factualidade que eu julgo minimamente verdadeira, Mas, como todas as caricaturas, generaliza e é concerteza injusto. Tenham isso em conta antes de me apedrejarem, sim?


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Cinema...muito cinema!



O fim de semana foi inteiramente dedicado à arte cinematográfica. Ontem à noite: Up In The Air. Intlectualmente perfeito mas emocionalmente incompleto, pode-se dizer que gostei mas não amei.

Hoje, numa nota completamente diferente, seguiu-se Coco Avant Chanel. Um filme com a participação da (sempre) fantástica Audrey Tautou que nos dá uma lição de vida...diferente.

E uma vez que a coisa está a correr bem, acho que vou aproveitar o balanço e ver outro já de seguida!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

...

Muita coisa haveria para dizer sobre o dia de hoje. As borboletas na barriga, o sorrigo rasgado estampado na minha cara, a vontade de saltitar pela rua ao voltar para casa após um dia de trabalho, esse mesmo trabalho que ficou por fazer, duas horas deitada no sofá a sonhar acordada, a voz de Maria Gadú entoando energicamente no meu cérebro...

...Sim, haveria muito a dizer. Mas estou com sono e cheia de pressa de adormecer para depressa voltar a acordar amanhã!

Fica o registo, sim?