Sempre gostei de ler e sempre dediquei parte do meu tempo a fazê-lo. Devorava livros em duas, três, quatro ou mais horas. As que fossem precisas para chegar ao fim. Avidamente, como se as palavras escritas fossem o ar que eu precisava para respirar.
Depois veio o mundo do trabalho e com ele a obrigação de diariamente ler Leis, Decretos - Lei, Portarias, Regulamentos, Jurisprudência, Doutrina, Códigos Anotados, petições, contestações, réplicas e tréplicas, despachos, sentenças e eu sei lá mais o quê. E quando chega o dia chega ao fim eu já não consigo ver mais letras à frente, sob qualquer forma ou feitio. E tenho pena, porque me sobra tão pouco tempo (ou melhor, disposição) para ler tudo aquilo o que gostaria.
E porque me fui lembrar disto agora? Porque morreu Saramago e percebi que ainda tenho muito para ler da obra deste grande génio da literatura portuguesa. Mais do que era suposto. Mais do que eu gostaria. E que tenho de fazer alguma coisa para mudar este estado de coisas. O quê, é que ainda não sei.
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