terça-feira, 28 de abril de 2009

Eu sei que hoje já é terça...


...mas eu continuo sem a capacidade necessária para cá vir contar-vos convenientemente o quanto o meu fim de semana foi fantástico e o quanto me diverti dentro desta casinha de madeira. E também fora dela, já que o Parque Aventura DiverLanhoso (em plena Serra do Gerês) é realmente um local fantástico para se passar um fim de semana com quinze amigas, longe de tudo e de todos, entre montanhas, muito verde e ar daquele que apetece respirar profunda e repetidamente! Ainda assim, perto, muito perto, de uns instrutores giríssimos que só de olhar nos tiram logo o fôlego todo (felizmente o tal ar extremamente respirável existe em abundância),

Só faltou dormir, talvez daí a minha incapacidade momentânea para dissecar ideias, momentos, sensações e tudo o que vivi em menos de 48 horas mas ultrapassou em intensidade o meu último mês de vida. Ou dois.

Prometo que volto brevemente para mais detalhes. Entretanto vou só ali recuperar umas horinhas de sono que bem preciso!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nota Suplementar



Para que não restem dúvidas, vim aqui num instantinho só para esclarecer que estou de partida para o meu girl's weekend, obviamente. Andar de balão. Jogar paintball. Adormecer sob o céu estrelado, cheia de medo dos barulhos que ecoam na noite. O que é que pensavam, hum?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Como é que nunca tinha percebido a semelhança?


Eu: Este fim de semana não vai dar para estar contigo...já te tinha dito que ia com as minhas amigas para um parque natural, sem gajos, divertir-me à grande, fazer actividades radicais durante o dia e apanhar a bebedeira do ano à noite. E bem preciso! Volto no domingo mas estarei em recuperação absoluta, claro está...

Ele: Mas tu nem gostas de actividades radicais...

Eu: De facto, não pretendo fazer nada de muito radical, fico -me pelo paintball.

Ele: Acho que praticas actividades bem mais radicais comigo do que a jogar paintball...(sorriso maquiavélico)

Eu: Pois...mas não é a mesma coisa....

Ele: E ganhas nódoas negras pelo corpo todo na mesma!

Eu:...(speechless...a dar gargalhadas interiores e a pensar: bolas, conheces-me demasiado bem!)

Ele: Então, como é que vai ser?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Untitled


Tenho saudades do N. Tenho saudades minhas. Tenho saudades dos nossos momentos. Tenho saudades do meu sorriso. Tenho saudades do tempo em que acreditava, sem questionar. Tenho saudades do sol. Tenho saudades da praia. Tenho saudades do Verão em que nos conhecemos. Tenho saudades das noites sem dormir, a trocar mensagens. Tenho saudades da minha inocência. Tenho saudades de não fazer planos. Tenho saudades de não me sentir distante. Tenho saudades dos meus cabelos compridos. Tenho saudades de não ter que decidir. Tenho saudades da minha consciente inconsciência. Tenho saudades da minha infância. Tenho saudades da simplicidade do meu mundo.

Tenho saudades de não ter saudades.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Eu tento perceber-me...


...a sério. Mas não consigo. E ando há 30 anos nisto, sem grandes melhorias. Um dia quero muito uma coisa e faço qualquer coisa para a ter. Quando finalmente consigo aquilo por que tanto lutei, sinto a dúvida espalhada pelo corpo todo. Já não sei se quero. Hesito. E do outro lado, sente-se a hesitação. Cria-se um ligeiro afastamento. E subitamente, já quero outra vez. Chego à conclusão que sempre quis. Ou, pelo menos, acho que sim. E o ciclo recomeça.

Não há paciência para mim, não há mesmo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Best Things In Life Are For Free


É em alturas como esta (aka Páscoa) que relembro o tanto que gosto de ser do norte. E mais ainda, do Minho. É que, no resto do país, a semana de trabalho começou hoje, com direito a chuvinha e tudo.

Ora, neste pontinho do mapa, à beira mar plantado, o som das pesadas gotas a cair na terra soou qual sinfonia de Vivaldi, dando alento ao meu profundo sono que perdurou até ao meio dia.

E como não sou adepta das celebrações pascais, presenteei-me com uma tarde de shopping (mais deserto que o Kalahari) na companhia da mana.

Um dia perfeito, portanto. Porque às vezes, as coisas mais simples são as que mais me alimentam a alma. Como alguém disse: "best things in life are for free". Eu também acho que sim.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Is it too late...?


A B. era uma gaja parva que vivia no mesmo prédio do meu namorado (sim, fica desde já estabelecido que a gaja era parva que é para não terem ilusões). Na altura, andávamos todos na faculdade, já lá devem ir uns bons dez anos. À custa de uns bilhetinhos deixados no elevador, encetou conversa com um dos colegas do V. e em três tempos passou a ser presença habitual da casa deles.

Eu que até sou uma gaja simpática e sociável, confesso que inicialmente fiquei muito entusiasmada com a ideia de ter uma companhia feminina lá no pedaço. Mas o dito entusiasmo passou-me ao fim de cinco minutos de a conhecer (e não, não estou a exagerar). A B. viu-me imediatamente como um objecto de competição e começou a atacar ao primeiro minuto. Sem dó nem piedade.

Não me dirigia mais do que um bom dia ou boa noite, controlava a televisão, controlava a cozinha, controlava o sofá, fazia jantar na casa dela e convidava toda a gente, incluindo o meu namorado, excluindo-me expressamente... enfim, era assim a B. e eu optei por ignorar a sua existência. Porque a determinada altura, deixou realmente de me incomodar.

Ao fim de muito empenho e dedicação, a B. começou a namorar com o André, um dos colegas de casa do meu namorado e um dos melhores amigos dele, por sinal. Ninguém percebeu como é que um gajo tão fixe se apaixonou por uma gaja tão idiota (eu ainda hoje acho que ela o envenenou e ele continua sob o efeito de uma qualquer poção que ela fabrica clandestinamente) mas o que é certo é que dois anos depois, fui convidada para o casamento.

Até aqui, menos mal. A coisa muda de figura no dia em que a B. me liga para o telemóvel (mas se eu nunca lhe dei o número!), atrapalhadíssima porque a mãe tem um processo judicial e precisa muito que eu a represente. A B. pede encarecidamente. E pela primeira vez na vida é muito simpática e prestável. Pela milionésima vez na vida eu acho que era a altura certa para a mandar às urtigas. Ou outro lugar pior. Não o faço, por consideração ao marido.

O processo judicial foi decorrendo, eu aturei a B. vezes sem conta, aturei também a mãe da B., fiz o meu trabalho, o processo finalmente terminou. Enviei a respectiva nota de honorários.

A B. fica nitidamente aborrecida por eu lhe cobrar os meus serviços (grande lata a minha, não?). Diz secamente que vai fazer a transferência em breve e o grau de simpatia volta ao estado original.

Passado mais de um mês, ainda não deu notícias. Nem a mim, nem à minha conta bancária. E eu tenho vontade de fazer o que nunca fiz até hoje. E de lhe dizer o que nunca disse. E de desenterrar dez anos de raiva adormecida. Será tarde demais...?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Porque afinal...


...tudo tem uma razão. Mesmo quando ela parece não existir.



Nota Mental 1: É por isso que não te mando uma mensagem, nem hoje, nem amanhã nem depois. Embora tenha o dedo polegar paralisado no teclado do meu telemóvel ao mesmo tempo que o cérebro me diz que tem muitas saudades tuas.

Nota Mental 2: Um cérebro foi feito para pensar racionalmente e não para ter saudades irracionais, certo?

domingo, 5 de abril de 2009

Saturday Night


Tomei a (difícil) decisão de ficar em casa durante todo o sábado. Isto, na sequência de uma semana a trabalhar como um cão e de uma sexta feira à noite composta por jantar de amigos, caipirinhas, gargalhadas em uníssono e a descoberta de um novo design bar, onde dancei ao som de músicas que nunca ouvi em toda a minha vida, até me doerem os pés. Relevantes actividades que me mantiveram acordada e longe da minha caminha, pelo menos, até às quatro horas da manhã.

Resultado final: hoje acordei com a sensação de que o mundo desabou em mim, sem dó nem piedade, tal era o peso da minha cabeça e a dificuldade com que arrastava o corpo. E, nessa medida, pensei que a atitude mais sensata seria ficar em casa, a descansar o belo do lombo, em vez de me meter novamente em aventuras.

E o que é que eu descobri? Que ao sábado à noite se percorrem mais de quarenta canais, num zapping nervoso e repetitivo, sem encontrar um único programa que nos agrade. Que ao sábado à noite não há ninguém disponível na nossa lista do msn para dois dedos de conversa. Que ao sábado à noite não se consegue dormir sossegadamente no sofá porque temos sempre a sensação de que estamos a perder a única noite da semana em que a malta toda se junta para trocar novidades escaldantes e combinar actividades sociais.

Portanto, devo dizer que não foi em boa consciência que tomei esta decisão.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Intervalo


O Universo é um querido e resolveu dar uma ajudinha na resolução dos meus sérios problemas existenciais. Assim é que, repentinamente, dou por mim surpreendida da vida a olhar para a agenda desta semana e a perguntar-me se é possível cumprir o que lá está planeado. Mas não há tempo para surpresas. Nem para perguntas retóricas.

Vai daí que estou desde segunda feira perdida entre julgamentos, contestações, alegações de recurso, internamentos compulsivos, escrituras, requerimentos de prova em último dia de prazo, mais julgamentos e consultas jurídicas em que se aturam clientes a falar dez minutos do que realmente interessa e outros quinze do estado de saúde de toda a família, incluindo a que está no estrangeiro.

O que faz com que entre a hora de ir deitar e a hora de acordar (espaço de tempo este pouco significativo, garanto) não sobrem mais do que cinco ou dez segundos para introspecções. Que é, aliás, o tempo que eu levo para fechar as pálpebras dos olhos.

Por isso, vão-me desculpar mas vou só ali dormir um bocadinho e já venho. Prometo que em breve estarei de volta com os dramas pessoais do costume.