I won't let you down
I will not give you up
Gotta have some faith in the sound
It's the one good thing that I've got
I won't let you down
So please don't give me up
Because I would really, really love to stick around
Heaven knows I was just a young boy
Didn't know what I wanted to be
I was every little hungry schoolgirl's pride and joy
And I guess it was enough for me
To win the race? A prettier face!
Brand new clothes and a big fat place
On your rock and roll TV
But today the way I play the game is not the same
No way
Think I'm gonna get me some happy
I think there's something you should know
I think it's time I told you so
There's something deep inside of me
There's someone else I've got to be
Take back your picture in a frame
Take back your singing in the rain
I just hope you understand
Sometimes the clothes do not make the man
All we have to do now
Is take these lies and make them true somehow
All we have to see
Is that I don't belong to you
And you don't belong to me
Freedom
You've gotta give for what you take
Freedom
You've gotta give for what you take
Heaven knows we sure had some fun boy
What a kick just a buddy and me
We had every big shot good-time band on the run boy
We were living in a fantasy
We won the race
Got out of the place
I went back home got a brand new face
For the boys on MTV
But today the way I play the game has got to change
Oh yeah
Now I'm gonna get myself happy
I think there's something you should know
I think it's time I stopped the show
There's something deep inside of me
There's someone I forgot to be
Take back your picture in a frame
Don't think that I'll be back again
I just hope you understand
Sometimes the clothes do not make the man
All we have to do now
Is take these lies and make them true somehow
All we have to see
Is that I don't belong to you
And you don't belong to me
Freedom
You've gotta give for what you take
Freedom
You've gotta give for what you take
Well it looks like the road to heaven
But it feels like the road to hell
When I knew which side my bread was buttered
I took the knife as well
Posing for another picture
Everybody's got to sell
But when you shake your ass
They notice fast
And some mistakes were built to last
That's what you get
I say that's what you get
That's what you get for changing your mind
And after all this time
I just hope you understand
Sometimes the clothes
Do not make the man
I'll hold on to my freedom
May not be what you want from me
Just the way it's got to be
Lose the face now
I've got to live
1 - Confirma-se a minha teoria de que o Queiroz chegou a selecionador com uma ganda cunha.
2 - Alguém devia ter-lhe dito que usar um fiozinho de ouro por baixo da camisa é coisa que não abona muito a favor da nossa imagem.
3 - O Casillas é giro, giro, giro.
4 - O Puyol é feio, feio, feio.
5 - O Eduardo, para além de ter demonstrado ser grande guarda redes, é um fofo. Quase que entrei pelo ecrã da televisão dentro para lhe dar beijinhos e miminhos quando o vi sentado na relva a chorar. Irresistível.
6 - O Ronaldo é um menino mimado e eu não tenho paciência para meninos mimados.
7 - O rapaz nem o hino nacional cantou. Só à estalada...
E de modos que é isto. Agora vou ali pensar se a partir de agora torço pela Espanha ou pelo Brasil.
Fui acusada de não ter um pingo de compaixão pelos coreanos, tamanha era a minha emoção de cada vez que a selecção portuguesa marcava um golo.
Compaixão? Mas esperem lá...isto é um campeonato mundial de futebol ou uma campanha humanitária a favor dos pobres e oprimidos? A partir do terceiro golo é suposto eu já não gritar de euforia, saltar da cadeira e abanar o cachecol só porque os golos que marcamos já nos garantiram a vitória e devo ter mais compaixão pelos coreanos?
Pois que não me lembro de terem compaixão dos portugueses quando vamos aos Jogos Olímpicos e saímos - regra geral - de lá de mãos a abanar e cabeça baixa. Pois se são tão poucas as alegrias que este país nos tem dado nos últimos tempos, entendo que devemos aproveitar estes pequenos momentos como se não houvesse amanhã! É que provavelmente...não haverá mesmo!
Estou certa ou estou errada?
Notazinha pequenina que tinha necessariamente de ser: Tiago, meu querido vianense, és o maior!!!!!!
Sempre gostei de ler e sempre dediquei parte do meu tempo a fazê-lo. Devorava livros em duas, três, quatro ou mais horas. As que fossem precisas para chegar ao fim. Avidamente, como se as palavras escritas fossem o ar que eu precisava para respirar.
Depois veio o mundo do trabalho e com ele a obrigação de diariamente ler Leis, Decretos - Lei, Portarias, Regulamentos, Jurisprudência, Doutrina, Códigos Anotados, petições, contestações, réplicas e tréplicas, despachos, sentenças e eu sei lá mais o quê. E quando chega o dia chega ao fim eu já não consigo ver mais letras à frente, sob qualquer forma ou feitio. E tenho pena, porque me sobra tão pouco tempo (ou melhor, disposição) para ler tudo aquilo o que gostaria.
E porque me fui lembrar disto agora? Porque morreu Saramago e percebi que ainda tenho muito para ler da obra deste grande génio da literatura portuguesa. Mais do que era suposto. Mais do que eu gostaria. E que tenho de fazer alguma coisa para mudar este estado de coisas. O quê, é que ainda não sei.
Gosto do Minho. Gosto do Alentejo. Gosto do Douro.Gosto do Algarve. Gosto de Camões. Gosto de Fernando Pessoa. Gosto de Miguel Torga. Gosto de Florbela Espanca. Gosto de fado. Gosto de Lisboa. Gosto de Amália Rodrigues e de Alfredo Marceneiro. Gosto de Mariza. Gosto da Casa da Mariquinhas. Gosto da guitarra portuguesa. Gosto de Carlos Paredes. Gosto de Coimbra. Gosto do Palácio da Pena. Gosto de pastéis de Belém. Gosto de arroz doce. Gosto de manjericos. Gosto dos Maias, do Crime do Padre Amaro e do Auto da Barca do Inferno.Gosto de Rui Veloso. Gosto do Coliseu do Porto. Gosto da Ponte D. Maria Pia. Gosto de Vasco da Gama. Gosto de D. João IV. Gosto de Inês de Castro. Gosto de teatro. Gosto da Serra da Estrela. Gosto de futebol. Gosto de mar. Gosto de Gil Vicente. Gosto da Praia dos Ingleses. Gosto do Jardim de Serralves. Gosto de vermelho e verde. Gosto de Viana do Castelo. Gosto das festas da Nossa Sr.ª da Agonia. Gosto de foclore. Gosto de fogo de artifício. Gosto de bolas de berlim do Manuel Natário.
Gosto muito de ser quem sou. Gosto muito de ser portuguesa.
domingo, 6 de junho de 2010
Porque o que não tem remédio, remediado está. E eu sempre fui uma pessoa prática.
Déjà Vu. Não o filme, que vi pela primeira vez. O essencial sobre o carácter das personagens, as cenas retalhadas que vão compondo a história principal, os diálogos cruzados, numa mistura de idiomas diferentes, a banda sonora. Tanta coisa.
Ou, a bem dizer, comigo. Porque quando me pisam os calos eu viro uma verdadeira besta enraivecida. Eu grito a plenos pulmões, eu fico com ganas de destruir tudo por onde passo, eu choro, eu bato com as portas, eu digo o que devo e ainda o que não devo porque nada - mas - mesmo - nada me fica encravado na garganta, eu ponho um ponto final no que quer que exista entre nós, eu saio de casa e não volto uma hora mais tarde, eu conduzo furiosamente até um lugar qualquer, eu inspiro e expiro sofregamente uma centena de vezes como se não existisse na atmosfera ar suficiente para me oxigenar o cérebro, eu aperto os punhos com força, cheia de vontade de os espetar naquele saco de box que uma vez vi numa loja de desporto e achei que devia comprar mas estupidamente não comprei . Eu não fico com tendências suicidas, nunca. Por outro lado, apodera-se de mim uma vontade de matar todos os que me aparecem à frente a tentar acalmar-me os ânimos.
Por isso, pessoas que estão a ler isto: se eu não estou boa, saiam-me da frente. É que, caso contrário, é bem capaz de sobrar para vocês. Depois não digam que eu não avisei.
Mas a Maria sabe, demasiado bem. E quem é a Maria?
A Maria é uma revolucionária politicamente incorrecta que me conquistou desde a primeira frase. A Maria tem uma determinação sem limites. A Maria tem um feitiozinho dos diabos...com o qual me identifico genuinamente, by the way. A Maria é uma pessoa diferente de tantas outras. A Maria tem garra. A Maria tem asas e quer voar...até Bruges.
Eu, borboleta de alma, não podia ficar indiferente. E vocês também não vão ficar.
Há noites assim. Em que mergulhada no silêncio da solidão absoluta, entre um filme genial e um copo de licor beirão com duas pedras de gelo, consigo ser infinitamente feliz.
...que é como quem diz, não ultrapassa a barreira dos cinco cêntimetros abaixo dos ombros há aproximadamente 10 meses. Ou um ano, vá...A minha cabeleireira diz que eu estou a exagerar um bocadinho mas que é assim mesmo, que nesta fase o cabelo demora mais tempo a crescer em todas as pessoas e que eu não sou excepção, mas não estou convencida.
Eu aqui ansiosa por ter uma farta cabeleira, negra e luzidia, ao estilo Penélope Cruz e a gaja tira-me logo as esperanças, zás, assim, sem dó nem piedade, tenha lá paciência que não vai ser para os próximos tempos, isto é um processo demorado. Ah, e não esquecer que para crescer bonito, brilhante e saudável tem que cá vir cortar as pontas de três em três meses.
Ok, acho que está explicado o facto dele não passar do mesmo limite há meses e meses...
...a todos os que comentaram o post anterior. Vá-se lá saber porquê, em vez de publicar as vossas ilustres palavras - como era minha intenção - dei-lhes sumiço imediato. Puuufffffffffffff, para o espaço! Não consegui recuperá - las, não obstante inesgotáveis esforços. Lamento profundamente, queridos leitores. Mesmo.
Poderia escrever sobre o Benfica, sobre o meu dia de anos que é já amanhã, sobre os telefonemas e mensagens todos que eu gostaria de receber, sobre a partida dele para umas férias com ela e que afinal não chegou a ser porque o vulcão não deixou (jurooooooo que não roguei praga nenhuma!!), sobre o trabalho que tem ocupado 95% do meu tempo disponível, sobre a vinda do Papa a Portugal, sobre a minha próxima viagem a New York e Miami, sobre os candeeiros que ando há um ano para comprar sem qualquer resultado prático, sobre a minha mais do que demonstrada fase - anti - social, sobre as imensas saudades que sinto de um tempo que já não volta, sobre a chuva ou sobre outra coisa qualquer.
Mas a verdade é que não me apetece escrever sobre nada. Isto está grave...
Lembram-se disto? Pois é, eu tinha 11 anos e era fã. Era já a antevisão mais do que óbvia do meu fascínio cinematográfico pelo David Linch (um dos realizadores da série, juntamente com Mark Frost), pelo qual me viria a apaixonar obsessivamente anos mais tarde.
Mas a minha mãe não compreendeu. Ás dez badaladas M. Butterfly tinha que ir dormir e não havia argumento que impedisse tal propósito. Eu seguia religiosamente cada episódio, ansiava por cada pista, imaginava um suspeito em cada personagem e absorvia com sofreguidão cada palavra do diário da jovem assassinada. Mas o que é certo, é que a hora de ir dormir ficava sempre a meio de cada episódio e por isso, não perdoo à minha mãe o facto de até hoje ter ficado sem saber quem matou a pobre Laura Palmer.
E se é verdade que o tempo nos faz ultrapassar muita coisa, esta não terá sido uma delas. Por isso hoje tomei uma resolução: 20 anos depois, vou desvendar o mistério!
...eu perdesse toda a sanidade mental que os deuses me deram, e mandasse às urtigas esta minha vidinha pseudo-perfeita de quem já tem quase tudo aos 31 e resolvesse... arriscar?
É que a perfeição não existe, a pseudo perfeição cansa-me e eu sei que posso estar a deixar escapar no tempo aquela oportunidade que me faria verdadeiramente feliz. Ou não. Mas sem tentar, nunca vou saber.
Hoje estive tentada. Faltou-me um bocadinho "assim".
...mas com tanto sol lá fora e coisas tão interessantes para fazer no exterior (tipo, plantar-me em esplanadas, comer gelados, observar turistas, ouvir os passarinhos...ahhh, e trabalhar, ia-me esquecendo desse pequenino pormenor) não me tem apetecido actualizar aqui o estaminé. Ando uma preguiçosa, é o que é, e a culpa é todinha das férias em Tenerife que me deixaram mal habituada.
Pois que estou em processo de re - adaptação à sociedade moderna. Em breve estarei de volta ao blog, ao msn, ao facebook, à quinta e às vaquinhas da farmville, aos sites de cinema, etc, etc, etc, etc. Desculpem qualquer coisinha.
Pois que uma das coisas mais importantes a pôr na bagagem são os livros que pretendo ler nesta semaninha de absoluto dolce fare niente. E este, faz parte da lista. Comprei-o hoje e tive que me controlar para não começar já a lê-lo. Depois de "Homens que Odeiam as Mulheres" só vou conseguir parar quando já não houver mais nada para ler do senhor Stieg Larsson. E parece que não é muito, já que o homem só teve tempo de escrever três livros. É aproveitar enquanto há...
...é ver gente que faz questão de molhar o belo do pedacinho de pão no prato, todos os dias, sem excepção, seja qual for a ementa. É que até poder ser salada! Irraaaaaaaaa!
Eu:Adorei o teu presente, adorei, adorei, adorei!!! Como é que se faz para se conseguir enviar o gato invisivel? Ele:Como é que achas que se faz? Eu:Não sei, a mim o jogo pede-me 22 notas para o comprar! Ele:E então? Como é que achas que eu to enviei? Eu:Não sei! É o que estou a tentar perceber! Como é que fizeste? Ele:Peguei no cartão de crédito, comprei dez dólares de notas e comprei o gato invisível que tu tanto querias... Eu:Que grande mentiroso, tu não ias gastar dinheiro a sério no jogo...diz-me lá o truque. Ele: ...O truque é esse...
E pronto, foi assim que me deixou com um sorriso estúpido estampado na cara o dia todo. Comprou um gato invisível. Só para mim...Podia ter-me oferecido um livro, um cd, uma pulseira, um anel ou outra coisa qualquer que o efeito nunca seria o mesmo.
Ele deu-me um gato invisível...haverá presente melhor?
quarta-feira, 17 de março de 2010
Vim só avisar que...não morri. Quase foi desta, tendo em conta que fui atropelada por uma amigdalite, pilhas de processos que aterraram em cima da minha secretária e um ou outro contratempo menos feliz, onde se inclui a avaria do elevador do escritório, o que me obriga a subir três andares um número variado de vezes ao dia.
E para celebrar a minha sobrevivência a este desenrolar catastrófico, quase a terminar em tragédia grega, eis que me deparo com a solução dos meus problemas, ali mesmo, a um simples click!
...Et voilá, Tenerife, aí vou eu!
Não está nos meus planos fazer muito mais do que estender-me de lombo ao sol, headphones nos ouvidos, livro numa mão e caipirinha na outra pois se quisesse passear tinha escolhido outro destino. Mas para o caso de terem sugestões, são bem vindas!
Some say to survive it, you need to be as mad as a hatter.
Which luckily, I am.
Alice! You're terribly late, you know?
...naughty!!!".
Uma palavrinha: Ma-ra-vi-lho-so. A conjugação perfeita dos elementos "Tim Burton" e "Lewis Carroll". Menos perfeita foi a escolha da insuportável canção de Avril Lavigne nos créditos finais. Totalmente desadequada.
Ide ver, há imagens que valem por mil palavras. Estas de que vos falo valem por um milhão.
Domingo - dormi até às duas da tarde e ainda tive a proeza de conseguir adormecer antes do jantar, entre as sete e as oito.
Balanço do fim de semana: devo ter dormido uma média de 11 horas diárias que é o mesmo que concluir que dormi como uma ursa. Nem sei se os ursos dormem tanto mas julgo que sim, pelo menos quando hibernam.
E agora aqui estou, à uma e meia de segunda feira, fresca como uma alface! Tenho a impressão que amanhã de manhã vamos ter o drama habitual! Ohhh se vamos!
Desde pequenina que me corre no sangue um espírito contestatário. Informações e factos dados de bandeja nunca satisfizeram a minha curiosidade inata de perceber o sentido das coisas. Lembro-me, por exemplo, de vir da catequese para casa com a obrigação de decorar uma Avé Maria ou um Pai Nosso para a sessão seguinte e de perguntar à minha mãe cada palavra ou frase que não entendesse. No fim da detalhada explicação, geralmente dizia-lhe que aquilo não tinha grande lógica. Já sem paciência, a minha mãe lá me dizia que com lógica ou sem ela eu ia ter de decorar aquilo.
Obviamente, poucos anos mais tarde e muita argumentação despendida, lá acabei por convencer os meus progenitores que andar na catequese não era para crianças como eu.
Ao longo da minha vida fui desenvolvendo esta característica da contestação de verdades supostamente universais. Aquelas que nos dão e que devemos aceitar sem perguntar como ou porquê. Característica que eu não escolhi, sublinhe-se, e às vezes me irrita profundamente. Porque nunca acredito naquilo que não percebo, naquilo que não vejo, ou naquilo que não faz sentido no meu cérebro. Mas admito que em determinadas situações da vida, dava-me jeito ter um bocadinho de fé.
Chegada aos trinta (so far, the best days of my life), ainda me surpreendo por constatar que grande parte das pessoas desta sociedade (muitas delas da minha geração!) aceitam inquestionavelmente a fórmula universal da felicidade.Que é como quem diz, encontrar o príncipe encantado, casar com ele, ter um rebanho de filhos e viver feliz para sempre até que a morte os separe.
Como tal, geralmente franzem o sobrolho ao modo de vida que eu escolhi. O facto de eu ter uma relação com uma pessoa há quase dez anos e não ter dado o passo óbvio (mas afinal o casamento é para quando?). O facto de, para além de não ter dado o passo óbvio, também ainda não me ter decidido a ter filhos (com 31 anos? Jesus, credo! Estás à espera de quê? Dos quarenta?). O facto de viajar imenso, de ir ao cinema constantemente, passar o tempo livre dos fins de semana com amigos, dormir como uma ursa sempre que posso e tenho oportunidade, passar dias inteiros na praia, ler como se não houvesse amanhã, começar a trabalhar às 10:00 e sair às 20:00 horas.
Dizem que tenho uma vida despreocupada porque não tenho responsabilidades. E por responsabilidades, entenda-se: não sou casada e mãe de filhos (esta brilhante conclusão tira-me do sério, juro!!!)
Quem me conhece bem já desistiu de perguntar quando me vou casar. Provavelmente já percebeu que não vou, logo a pergunta é inútil. Quem me conhece bem também sabe que eu sou uma pessoa que não acredita em fórmulas universais e, portanto, não me rejo por elas. Quem me conhece bem sabe que eu vivo na minha especificidade e pouco me importo com fórmulas sociais. Que me conhece bem sabe que eu sou feliz e não me pede para ser diferente pois tive a sorte de descobrir, precocemente, que ser feliz depende quase exclusivamente de mim.
Há quem a encontre dedicando a sua vida ao trabalho. Há quem seja feliz a viajar, sem estabelecer qualquer tipo de estabilidade: espacial, financeira ou relacional. Essas pessoas, encontram a felicidade no inconstante da vida, na capacidade que ela tem de os surpreender diariamente. Vivem cada dia com intensidade, como se não houvesse amanhã. Pelo contrário, há quem seja feliz na estabilidade suprema. Sem sair do lugar em que nasceu, sem conhecer um mundo inteiro que existe à sua volta e as pessoas que fazem parte dele. E também há quem encontre a felicidade no companheiro que escolheu para a vida toda, casando, tendo filhos e vivendo em função da vida familiar.
Não critico nenhuma destas opções ou outras quaisquer. Nãs as considero maiores ou menores. São opções de vida diferentes da minha.
Por isso, era bom que deixassem de me chatear com este assunto. Mas...ainda que não deixem, eu vou continuar a ser feliz na mesma!
Desde que descobri isto no youtube, há uma hora atrás, parece que o fim de semana ganhou um novo sentido. Reconhecem a voz do Tom? e do Huck? Não caibo em mim de contentamento! Parece que regressei no tempo e até o meu sorriso parvo de há 25 anos atrás (mais coisa, menos coisa...) voltou a estampar-se-me na cara.
Por duas horas, Clint Eastwood fez-me acreditar que somos maiores que as circunstâncias. Maiores que nós próprios. É assim que os sonhos se tornam realidade.
...mas depois, decidi-me a ficar pelo post. A verdade é que o assunto que hoje vos trago reporta-se a um fenómeno que tenho vindo a observar com alguma atenção desde a minha adolescência e que, vá-se lá saber porquê, prendeu a minha atenção anos suficientes ao ponto de, neste momento, estar em condições para tirar algumas conclusões mais ou menos absolutas sobre o mesmo.
Pois que o tema é o tamanho do peito das mulheres e a relação que nós, gajas, estabelecemos com ele.
Sim, vou falar de mamas, é isso mesmo.
E o fenómeno que tenho vindo a analisar é o facto de ter chegado à seguinte conclusão: mulheres com mamas grandes acham que tem as melhores mamas do mundo - e quando me refiro a um tamanho grande estou a falar de um número acima do 38 . Acham que não há homem que resista às suas belas mamocas, que é de longe a sua melhor qualidade física, que uns grandes olhos verdes ou umas pernas longas, à beira daquele atributo, não tem qualquer hipótese, que não há homem que não se vire à sua passagem, blá, blá,blá.
E vai de exporem o seu belo dote da melhor forma que podem. Com decotes até ao umbigo, com bikinis minúsculos onde a única coisa que está realmente tapada é o mamilo, com soutiens sem qualquer tipo de suporte que faz as ditas abanarem como gelatina... Enfim, poderia estar aqui com exemplos até ao dia de amanhã mas o que é certo é que daqui a nada tenho de ir dormir que amanhã é dia de trabalho.
E o propósito deste post é desenganar estas pobres almas. Fazer-lhes chegar uma realidade que ninguém lhes ousou mostrar e que eu - pessoa generosa que sou - não quis esconder mais. Desenganem-se miúdas: mamas grandes estão completamente fora de moda, a generalidade das mulheres não vos inveja a sorte e homens de bom gosto comprovado também não são apreciadores do género.
Se homens pendurados em andaimes, de t-shirt branca justa e decotada fazem as vossas alegrias, então sim, estão no bom caminho. Praticantes de tunning também. Se, pelo contrário, não é esta a vossa onda, então ponderem o orgulho exacerbado que mantém na exibição do vosso belo par. Garanto-vos que notarão benefícios na vossa vida pessoal e social. Palavra de escuteira.
Nota: Obviamente que este post pretende ser a caricatura de uma factualidade que eu julgo minimamente verdadeira, Mas, como todas as caricaturas, generaliza e é concerteza injusto. Tenham isso em conta antes de me apedrejarem, sim?
O fim de semana foi inteiramente dedicado à arte cinematográfica. Ontem à noite: Up In The Air. Intlectualmente perfeito mas emocionalmente incompleto, pode-se dizer que gostei mas não amei.
Hoje, numa nota completamente diferente, seguiu-se Coco Avant Chanel. Um filme com a participação da (sempre) fantástica Audrey Tautou que nos dá uma lição de vida...diferente.
E uma vez que a coisa está a correr bem, acho que vou aproveitar o balanço e ver outro já de seguida!
Muita coisa haveria para dizer sobre o dia de hoje. As borboletas na barriga, o sorrigo rasgado estampado na minha cara, a vontade de saltitar pela rua ao voltar para casa após um dia de trabalho, esse mesmo trabalho que ficou por fazer, duas horas deitada no sofá a sonhar acordada, a voz de Maria Gadú entoando energicamente no meu cérebro...
...Sim, haveria muito a dizer. Mas estou com sono e cheia de pressa de adormecer para depressa voltar a acordar amanhã!
O que não significa que gostaria de lá viver, entenda-se. Nada me faria sair da minha cidadezinha à beira mar plantada, sobre isso não reste a mais ténue dúvida.
O que eu queria realmente dizer é que não me canso de a visitar e re-visitar. Over and over. Sentir a magia de Camden Town, a miscelânea dos seus aromas misturados no ar, correr com os esquilos em St. Jame's Park, percorrer Oxford Street à procura dos sapatos da minha vida, assistir a mais um musical (ainda faltam tantos!!!), sentir o frio nas orelhas e comprar um gorro, olhar à minha volta e ver indianos, asiáticos ou muçulmanos nos seus trajes típicos, experimentar sabores, abstrair-me do meu ser concreto e tornar-me numa criatura universal.
Haverá cidade europeia onde se possa conhecer tanto de uma só vez? Don't think so. Talvez por isso a tenha visitado cinco vezes.
Londres é a cidade onde volto sempre. Mesmo que ache não.
...Deixem-me registar o seguinte facto que é para mais tarde recordar. Ou relembrar.
Num dos restaurantes orientais em que jantei por bandas britânicas, saiu-me, num bolinho da sorte, a seguinte mensagem: "learn from the mistakes of others".
Não liguei nenhuma àquilo, claro está. Ri-me, amarfanhei o papelinho minúsculo e abandonei-o com indiferença. Afinal, o que raio sabem os chineses da minha vida?
Só hoje, depois de ter percebido que acabei de repetir, pela centésima vez o mesmo erro, - sem nada ter aprendido, - como pude comprovar -, e de pela centésima vez não ter conseguido controlar as lágrimas teimosas que me escorreram involuntariamente dos olhos, me dei conta de que os chineses poderão, de facto, saber alguma coisa das nossas vidas. E da minha também.
03:30 da manhã e acabei de chegar a casa, com a estranha sensação de que são 06:00 ou 07:00. Bebi duas caipirinhas e sinto-me tonta. O meu débil corpo cansado grita pelo pijama dos pinguins e pelo edredon quentinho.
Pode ser da chuva. Pode ser do Inverno. Ou então, é a p*** da idade.
Ninguém gosta de cometer erros profissionais. Geralmente somos responsabilizados por eles, one way or another, sooner or later. E ninguém gosta de ser responsabilizado.
Eu não sou excepção, claro está. Mas, consensos e dissensos à parte - que eu já me cansei de discutir esta questão - há profissões cujos erros não fazem grande mossa na vidinha dos outros e há outras profissões cujos erros podem causar grandes tragédias na vida das pessoas.
A minha faz parte do segundo grupo e este peso que me cai diariamente nos ombros tem-me trazido algumas insónias e pesadelos. Mais pesadelos que insónias, que eu não sou gaja de perder o sono facilmente.
Sonhar com prazos é recorrente. Chego a sonhar com a minha agenda, e a visualizar os dias da semana, um atrás do outro. E imagino-me qual coelho branco, de relógio enorme na mão, a correr contra o tempo, ao longo das páginas, ao som de um tique-taque nervoso, atrasada para tudo, tentando chegar a tempo de alguma coisa.
Porque se eu deixar passar um prazo (ou porque me esqueci, ou porque tive uma emergência pessoal qualquer - que a lei não prevê nem justifica emergências pessoais dos advogados), alguém pode perder milhares de euros. Perder a tutela de um filho. Perder uma casa.
Ahhhh, pois é.
Note to self: Ora que te sirva de lição o susto e vê se não voltas a fazer mais dessas, sim?
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
E agora que percebi isto, sinto-me verdadeiramente livre. Verdadeiramente leve. Verdadeiramente feliz comigo mesma. Capaz de voltar a sonhar, caminhar sobre as nuvens, sorrir de olhos fechados, só porque sim.
O tempo que eu disponibilizei a mim mesma para ir ali ao shopping, num instantinho, comprar o presente de aniversário de um amigo. Não consegui comprar o presente. Em compensação, saí de lá com dois sacos de compras para mim.
Tenho estado silenciosa, eu sei. O porquê, não sei bem, mas suspeito que nesta época em que toda a gente faz balanços do passado, vive ansiosamente o presente e faz planos minunciosos para o futuro, eu prefiro não ter que pensar em absolutamente nada e esvaziar o corpo e a alma de qualquer tipo de pensamento ou sensação. Sejam eles bons, menos bons ou indiferentes.
Promise me no promises,
So will I not promise you,
Keep we both our liberties,
Never false and never true,
Let us hold the die uncast,
Free to come as free to go,
For I cannot know your past,
And of mine what can you know?